“Não se consegue de uma só semente produzir a mesma árvore?
De um só método farei alunos capazes”.
Jan Amos
Komenský ou João Amós Comenius, educador Checo, nasceu em 28 de março de 1592
na cidade Nivnitz que fica na Moravia (região da Europa Central pertencente ao
Reino da Boêmia – antiga Tcheco-Eslováquia).
Filho de
Martinho e Ana, também eslavos, eram cristãos adeptos dos Irmãos Morávios. Aos
12 anos de idade, Comenius perdeu seus pais e suas duas irmãs (Ludmila e
Suzana), vitimados por uma peste que dizimou a cidade, tendo ficado só. Em
razão disso, foi obrigado a viver em Nivnice com uns tutores rudes que lhe deram
pouca atenção. Numa escola dos Irmãos Morávios aprendeu rudimentos de leitura,
escrita, cálculo e catecismo – ensinamentos esses suficientes para despertar
nele o desejo e prepará-lo para se tornar um grande erudito.
Em sua
juventude, a escola da época era um lugar de sombria seriedade, desprovida de
atrativos. Exigia dos meninos postura de adultos, exercício exacerbado da
memorização, verbalismo extremo e praticava-se pedagogia da palmatória.
Concluído os estudos secundários, Comenius fez opção pela carreira
eclesiástica: estudou Teologia na Universidade Calvinista de Herbon, na
Alemanha onde adquiriu uma boa bagagem cultural.
Como
estudante apresentou duas teses de doutorado: “Problemata miscelania” e “Syloge
quaestiorum controversum”, ambas alvo de elogios de seus Professores. Em busca
de conhecimentos sobre astronomia e matemática transferiu-se para Heidelberg e
então retornou à sua terra natal com intenção de colocar em prática os
conhecimentos adquiridos.
Segundo
Covello (1991), conscientes do valor de Comenius as autoridades Holandesas
propõem a publicação de todas as suas obras pedagógicas, muitas das quais já
bastante conhecidas no País. Na Holanda viveu feliz tendo uma vida
reconfortante e sem dificuldades financeiras graças ao reconhecimento de suas
qualidades e competências. No final de sua vida, dedica-se a ser um apologista
da paz, defendendo a fraternidade entre os povos e os credos religiosos.
Casou-se e
teve dois filhos com Madalena Vizovska. Em 1670, antes de morrer com quase 80
anos, Comenius ainda escreveu um resumo dos princípios pedagógicos que
defendeu.
Segundo
Covello (1991), em 1956, a Conferência Internacional da UNESCO, realizada em
Nova Delhi, deliberou a publicação das
obras de Comenius e elege o filósofo como um dos primeiros propagadores das
ideias que inspiram a UNESCO por ocasião de sua fundação.
Comenius escreveu
mais de 200 obras, sendo as principais:
O Labirinto do mundo, (1623)
Didática Checa, (1627)
Guia da escola materna, (1630)
Porta aberta das línguas, (1631)
Didática Magna, (1631)
Novíssimo método das línguas (1647)
O mundo ilustrado (1651)
Consulta universal sobre o melhoramento dos negócios humanos (1657)
O anjo da paz (1667)
A única coisa necessária (1668).
“Se, portanto, queremos Igrejas e Estados bem ordenados e
florescentes e boas administrações, primeiro que tudo ordenemos as escolas e
façamo-las florescer, a fim de que sejam verdadeiras e vivas oficinas de homens
e viveiros eclesiásticos, políticos e econômicos. Assim facilmente atingiremos
o nosso objetivo; doutro modo, nunca o atingiremos”. (Comenius; 1966, p. 71)
REFERÊNCIAS
http://comeniusfae.wordpress.com/biografia-e-principais-obras/REFERÊNCIAS
http://adidatica.worprees.com/comenius-e-a-didatica-magna/
http://www.pedagogia.com.br/biografia/comenius.php
gostei muito!!!! valeu!!!
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