quinta-feira, 20 de novembro de 2014

ATPS Psicologia: A Indisciplina e o Desrespeito entre Alunos e Professores


ANHANGUERA EDUCACIONAL
Faculdade Anhanguera de Osasco
Curso de Letras Português e Inglês


A Indisciplina e Desrespeito entre Alunos e Professores.
Prof.ª Nadine Vogel


Alex Adeilton
Caroline R. A. Barbosa
Claudio Gonçalves
Gleyce Nayane M. e Silva
Irisdene Meneses
Juliana Lopes
    


Trabalho de ATPS apresentado à disciplina de Psicologia da Educação do curso de Letras Português e Inglês da Faculdade Anhanguera de Osasco, sob a orientação da Prof.ª Nadine Vogel.





  

Osasco
2013




A Indisciplina e o Desrespeito entre Alunos e Professores 


Seja nas redes publica e privada, a indisciplina e o desrespeito entre alunos e professores, derivam em agressões e impossibilitam as atividades educacionais. 
Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, ouviu 1.400 pessoas em 167 municípios do estado, onde foi constatado que: 

  • 44% dos professores já sofreram algum tipo de agressão – física ou verbal 
  • 35% dos professores, acreditam que os pais ou responsáveis são quem deve resolver a violência praticada pelos filhos/alunos. 
  • 25% acham que a escola também possui um papel de atuação na questão de disciplina e orientação à não violência. 
  • 19% acham que o governo do estado devem tomar medidas mais efetivas. 

Nesse total, 84% presenciaram ou sabem de casos de indisciplina e violência na escola que lecionam. Já os alunos, como maiores vitimas de violência, representam 83%. 
A agressão verbal, sendo a pratica mais comum, segundo os mestres, mostra que 74% dos entrevistados, informaram que xingamento e falta de respeito são os principais problemas. 47%, aponta como razão de violência, problemas familiares e sociais, e 49% acreditam que esse é o resultado da educação adquirida em casa. O bullying aparece com 60%, e 5% dos entrevistados já sofrerão agressão física. 

Sabendo que a indisciplina em sala de aula e a falta de respeito, levam a violência física e verbal nas escolas, entendemos o quão preocupante é a situação nas redes educacionais publica e privada. Temos de um lado, os alunos que desrespeitam a hierarquia escolar. E de outro, os professores, que abusam de sua autoridade. A conflagração deteriora o convívio escolar, a aprendizagem se torna mais difícil e baixa a qualidade de ensino. Esse atrito entre aluno e professor, por uma questão e autoafirmação ou aceitação social, faz com que o individuo meça forças, tanto o aluno, como o professor, são praticantes desse tipo de opressão. Para o professor que entra na classe, e recebe de seus alunos uma reclamação de forma pejorativa, ou alguma agressão verbal, sem que tenha um tipo de defesa, acaba sendo consumido pelos alunos, que estão em maior numero, e não conseguindo uma escapatória, rende-se a situação e passa a ser domado pela classe. Já na mesma situação, porém, quando o professor pleiteia o aluno, mostrando-lhe a sua autoridade, pode sofrer umas das consequências sendo: humilhação, desrespeito verbal e a mais grave, agressão física, podendo ser praticada em sala de aula ou fora da escola.  


Caixa de Texto



“A violência varia de escola para escola, mas não podemos esperar o delito para tomarmos alguma atitude“ 


Quando a agressão é por parte do professor, estimula a violência entre os alunos, pois para o estudante em formação, entende-se que o professor como mestre, com uma atitude de desrespeito, dá ao aluno o “direito” de desrespeitar, insultar e até lesionar colegas e mestres. Uma resposta irônica, pode ser caracterizada pelo aluno como uma agressão. 

Com base nos fatos, o que podemos fazer para diminuir e extinguir, esse tipo de comportamento nas escolas, por parte de alunos e professores? Vygotsky, que se dedicou a psicologia evolutiva, educação e psicopatologia, nos mostra que a relação professor-aluno deve ser com base na compreensão, respeito e o crescimento, não uma relação de imposição. O aluno precisa ser levado como sujeito interativo e ativo, para que seu processo de evolução e construção de conhecimento, o torne mais experiente. O professor deve considerar que o aluno possui uma bagagem de conhecimento, que lhe foi adquirida com suas relações sociais e outras redes de ensino, para que essa bagagem cultural e intelectual contribua no seu processo de aprendizagem. 

A construção do conhecimento se dá coletivamente, a ação de ideias ou pensamentos armazenadas na mente do sujeito, pois o conhecimento intelectual de cada individuo é considerado em níveis de real e potencial, sendo o real aquele conhecimento já adquirido e formado, que determina o que se pode fazer por si próprio por que já possui o conhecimento sólido, e o potencial quando não se aprendeu determinado assunto, mas se esta próximo de aprender, se dando a partir da ajuda de outras pessoas. 

O professor é o suporte para a aprendizagem do aluno. A educação tem a função de levar o aluno adiante, para que ele aprenda e se desenvolva mentalmente. 
Logo, entendendo a teoria de Vygotsky para a educação do aluno, podemos também implantar essa teoria para o aluno pratica-la com o professor. Pois ambos precisam se respeitar e compreender a relação de aprendizagem que terão ao decorrer do ano letivo. 

Mais para isso precisamos também ir um pouco mais a fundo nos projetos escolares e nas praticas que aproximam não só o aluno e o professor, mas também as famílias desses alunos. O ambiente escolar deve ser participado por todos aqueles que fazem parte da vida do aluno, mesmo nos tempos atuais de tecnologia e agilidade para poupar tempo e otimizar o trabalho, faz-se necessária essa proximidade. O governo deve também ajudar nessa relação. O professor, também deve ser respeitado e compreendido pelos órgãos governamentais para que seu trabalho também se desenvolva e melhore. 


Essa pratica é uma cadeia evolutiva, pois com a ajuda e a colaboração de todos, podemos tornar o ensino de mais qualidade, e consequentemente diminuindo os índices de violência, gerados a partir da indisciplina e desrespeito nas escolas.


"... Um problema deve surgir, que não possa ser solucionado a não ser que pela formação de um novo conceito"
(Vyhotsky, 1962:55)